quinta-feira, 10 de novembro de 2016

IRRITAÇÃO Nº 6

Estava prestes a sugerir à minha empresa ter uma sala de partir pratos. Daquelas de aliviar as tensões acumuladas. Ou o stress, vá! Com pratos da China caríssimos. Isso! Diz que está na moda...
Mas pensando bem...
Era um desperdício. Desisti da ideia.
Vou providenciar essa mesma sala mas para dentro de mim mesma. Os desgraçados não têm de ser a derradeira maneira da expressão de como me sinto em determinados momentos, Nomeadamente agora, que se me apanhasse numa sala dessas partia uns quantos contra a parede e ria-me no fim!
Mas à falta de abertura da empresa à minha ideia ou à falta de dinheiro para comprar os ditos pratos (sim, porque uns do refugo não têm o mesmo efeito!...) e ainda por cima ter de limpar tudo no final (!), vou mesmo remediar-me comigo mesma, num qualquer canto da minha mente que esteja vago. E tenho alguns! E tenho outros tantos que até não seria mal pensado substituir...
Onde se compram pratos mentais?


Facto nº 9

Queríamos nós que todos os momentos fantásticos da nossa vida durassem para sempre. 
E se repetissem a cada segundo. 
Sempre. 
E o tempo parasse. 
E o mundo parasse. 
E teríamos em nós a plenitude dum segundo repetido infinitamente.
E tudo ficasse inerte, à espera dum sinal nosso para que tudo voltasse à vida novamente.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

IRRITAÇÃO nº5

O editor de texto do meu telemóvel, que já me salvou de muitos bloqueios borbulhásticos (eu sei que esta palavra não existe...!) de ideias, quando abro uma nova página para escrever, pergunta-me sempre:
"Tem algo a dizer?"
Tenho! Respondo eu, claro que tenho, senão não te abria!...
O que acontece muitas vezes é não saber como escrever o que quero escrever...
Muitas vezes não sei. Aliás, como agora. Que tenho a mente a borbulhar (esta sim, existe, que eu sei!) de ideias, imagens, pensamentos,... mas palavras é que não! Essas às vezes tiram férias.
Mas quem sabe... às vezes sou eu que as mando de férias. Para não as ouvir!




Facto nº 8

Eu já estive à beira da morte.
Talvez até tivesse lá estado dentro durante algum tempo. Não sei. Não quero nem devo aqui filosofar sobre aquilo que essa experiência me trouxe ou deixou de trazer. Talvez um dia destes escreva mais sobre isso. Não é essa a questão aqui e agora. A questão é que quero viver. Quero fazer coisas. Novas. velhas, não interessa. Fazer coisas ou não fazer nada. Com a única condição de me dar prazer.

Não gosto de fazer só por fazer sem ver aí sentido algum. Ou fazer só por fazer, para poder dizer ao mundo que fiz.
Para ser assim, deixo-me estar quieta. E não faço nada. Adoro de vez em quando não fazer nada! Poder fazer tudo e não fazer nada! Acho que vou chamar a isto liberdade!

A minha avó dizia: "De amarguras já bastam as da vida"
Por isso punha muito açúcar no chá!
Haja açúcar nesta vida!
Mas do amarelo, que é mais saudável...´


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