segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Irritação nº 10

Até que ponto tem o Rui Veloso razão quando diz "Não se ama alguém que não ouve a mesma canção"?...

É impossível existir em todo o mundo (e o mundo até tem muita gente...) duas pessoas iguais. Ora... partindo deste facto, poderei concluir que a procura da/o "tal" (se é que isto realmente existe!)  passará inevitavelmente por se tornar na procura da pessoa cujas diferenças melhor se encaixam em nós.

Agora...
Teremos de olhar um pouco mais além da mera "canção" que o Rui refere, caso contrário torna tudo demasiado redutor e não faz sentido nenhum eu estar aqui a escrever isto (às tantas nem faz mesmo sentido nenhum, mas pouco me importa neste momento...). São canções, são letras, são sinais, são pensamentos, palavras, actos e omissões (onde já ouvi eu isto?...), são gestos, são olhares, beijos e abraços, é o que se diz e o que não se diz, é o que se pensa, o que se esconde, o que se quer dizer e não se diz, é o que se diz nas entrelinhas, é a forma como se come o bolo! As diferenças podem-se revelar numa enumeração quase infinita, que nem me atrevo a continuar!

A questão principal está na forma como encaramos essas diferenças e na nossa (in)capacidade de as ajustar a nós. Mas acho que isto não é novidade. E, concordemos, talvez seja o mais difícil de se conseguir.

Porque aí entramos noutro campo: queremos conseguir?



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